domingo, 9 de abril de 2006

O filme "Meninos de Deus" merece ser descoberto.


Na semana passada, eu vi o filme "Meninos de Deus" (The Dangerous Lives of the Altar Boys, EUA, 2002) do diretor Peter Care. Os atores são conhecidos: Jodie Foster, Kieran Culkin, Vicent D'Onofrio e Jena Malone.

A história se refere a um grupo de quatro meninos que decidem criar uma revista em quadrinhos sobre o qual eles são os super-heróis, e os vilões são os professores.

O título brasileiro prejudica esse bom filme, pois faz lembrar uma história religiosa ou coisa do gênero. Mas se basearmos no título original, com toda a certeza despertará a atenção dos curiosos.

O interessante é que o filme é dividido em duas partes: enquanto os quatro garotos aprendem a conviver com os sentimentos próprios da sua idade (como a descoberta do amor, anseios e medos, a dor da adolescência), há uma outra história paralela em forma de desenho animado que traduz seus pensamentos (a animação é de Todd McFarlane, criador do personagem Spawn).

Há muito humor negro nesse filme, uma pitada de inocência, um pouco de romance, histórias em quadrinhos, super-heróis e vilões.

O roteiro é semelhante ao filme "Conta Comigo"(Stand by Me, EUA, 1986) de Rob Reiner. Mas mesmo assim, "Meninos de Deus" é um filme inovador para quem quer enxergar mais longe. Pois segundo alguns críticos, não é um filme para adolescentes e, sim, um filme que fala sobre a adolescência. Ou seja, é um filme mais destinado ao público adulto que poderá resgatar, em suas lembranças, o peso da adolescência.

Porque quem já vivenciou essa fase poderá entender melhor os nuances da descoberta do mundo adulto.

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